quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Olhos novos e novas maneiras de olhar

acordo às 5 da manhã, com os sinos da igreja chamando para a reza. é que a 'festa de agosto' já começou. mas por que tão cedo?  "é para rezar antes de ir para o trabalho", explicou minha irmã. já que acordei cedo, aproveito para fazer a minha reza também: um poema de matilde campilho, uma crônica de manuel bandeira, outra de drummond: "se a poesia é a linguagem de certos instantes, e sem dúvida os mais densos e importantes da existência, a prosa é a linguagem de todos os instantes, diz o escritor. leio mais um pouco e o mineiro me enche de esperança: "se querem que a literatura tenha algum préstimo no mundo de amanhã (o mundo melhor que, como todas as utopias, avança inexoravelmente), reformem o conceito de literatura. já não é possível viver no clima das obras-primas fulgurantes e... podres, e legar ao futuro apenas esse saldo dos séculos, reformem a própria capacidade de admirar e de imitar, inventem olhos novos ou novas maneiras de olhar, para merecerem espetáculo novo de que estão participando." repito pra mim mesma: " reformem a própria capacidade de admirar e de imitar, inventem olhos novos ou novas maneiras de olhar"... novas maneiras de olhar... olhos novos... olhos novos, reformem a capacidade de admirar e imitar... 'tendeu'? que assim seja. amém, drummond! amém!

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