quinta-feira, 30 de abril de 2009

Confissão

[...] a necessidade de confissão, essa doença moderna que condena à morte, pela palavra e pela sintaxe, todos os sentimentos que nos oprimem [...] Sérgio Buarque de Holanda

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Pessoa, de novo...

"Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir.
O que confesso não tem importância, pois nada tem importância.
Faço paisagens com o que sinto."

Sentimento

"Não é possível aprisionar o sentimento do corpo."

Pessoa

"Gosto de dizer. Direi melhor: gosto de palavrar. As palavras são para mim corpos tocáveis, sereias visíveis, sensualidades incorporadas."

segunda-feira, 27 de abril de 2009

A minha São Paulo

O que estava no meu imaginário?
Congestionamentos intermináveis, poluição e a tão “banal” violência...
O que eu vi? Muitos, muitos chineses, coreanos ou será japoneses? Sei lá! Só sei que tinham os olhos puxados e falavam uma língua estranha... Ficava imaginando o que aqueles gringos estariam fazendo ali, na Florêncio de Abreu...
Que mais vi?
Vi o “Mestiço” na Pinacoteca. Vi que o perfil do público que freqüenta a Pinacoteca é muito diferente do que o que freqüenta o Parque da Luz, embora estejam ali, um do lado do outro, numa aparência de espaços democráticos, mas com uma divisão invisível. E os dois públicos não se misturam, mesmo!
Vi a muvuca que é a 25 de Março, e embora, imbuída de alma de etnógrafo, não dei conta da multidão... Quis sair logo dali, mas estive lá: Eu vi!
Ah, vi também a Paulista, com seus prédios imponentes... Mas não gostei. Me lembrou a Savassi. Tudo bem! É preconceito mesmo! Eu sei!
Vi manifestações de trabalhadores nas escadas da Sé...
Vi o Pateo do Collegio onde tudo começou.
Vi a beleza da arquitetura do Municipal.
Me encantei com a Estação da Luz...
Ah, engoli em seco ao atravessar a Ipiranga com a Av. São João. A boca encheu de água, deu vontade de tomar “uma” na Bar da Brahma.
Me emocionei no Memorial da América Latina vendo os troncos pintados do Quarup, engoli o choro...
Andei MUUUITO de metrô, que fez tudo parecer pertinho.
Comi pizza paulista, mas não gostei.
Não comi pastel do Mercado. Outra vez não tive paciência com a multidão. Acho que tô ficando velha...
Amei MUUUITO...
Ri MUUUITO, e acreditem, gargalhei MUUUITO. Que doido! Há quanto tempo não ria assim... Vai ver foi a serotonina liberada...
Morri de saudades do João... Acho que até entraria no Mc Donald’s pela primeira vez, só para realizar o desejo dele. (Te amo filho! Você faz muita falta)
E...
Fui pedida em casamento.
É mole? Aos 42 do segundo tempo...

domingo, 26 de abril de 2009

Começar é o mais difícil...

Começar não é fácil... Assim, pego emprestado da minha mana querida, um acróstico que ela ganhou, num domingo à tarde, lá pelos idos de 1980, em um passeio na "Feira Hippie", em Belo Horizonte. Numa outra oportunidade, conto a história toda...
"Começar é o mais difícil... Mesmo assim
Levando em conta o
Enorme barato e o grande prazer que sinto agora
Um só acróstico não bastaria pra
diZer tudo o que sinto
Assim sendo, dê um tempo, você não perderá por esperar..."
Bom, não sei ainda o que isso vai dar... mas "Confissões" já está no ar...