domingo, 16 de abril de 2017

João Antônio

Ontem, durante a caminhada, achei num monte de lixo, um livro. Abaixei para ver quem era o autor e para minha surpresa era um que está na lista daquelxs que preciso ler: João Antônio. Li João Antônio pela primeira vez, dia desses, quando achei entre os livros da minha irmã, uma dessas coleções didático-juvenis "Para Gostar de Ler" só de contos de amor. O livro começava com um conto maravilhoso da Lygia Fagundes Telles, além de autores incríveis como Machado de Assis, William Shakespeare, entre outros. Um dos contos era do João Antônio. Pirei na escrita do moço, pesquisei sobre ele e decidi que precisava lê-lo com urgência. Seu nome foi, então, para a lista dos livros que preciso adquirir. Qual não foi a minha surpresa, quando ao virar o livro, vi lá o nome: João Antônio. Fiquei como a menina do conto "Felicidade Clandestina" da Clarice. Recolhi aquele tesouro do lixo, limpei e terminei a caminhada agarrada a ele. O exemplar é da biblioteca estadual aqui de Baldim. Depois de ler vou devolvê-lo porque ele é muito bom para não circular por outras mãos. Morto há 20 anos, João Antônio é um autor premiadíssimo que fez muito sucesso nos anos de 1960 e 1970, elogiado por críticos como Antônio Cândido, Paulo Ronái e Alfredo Bosi. Seus protagonistas são sempre as figuras marginalizadas das periferias das grandes metrópoles. Como eu pude passar uma vida inteira sem ler João Antônio? Bendita seja as confluências, [como diria o mestre Nego Bispo]. Um sábado de boas leituras pr'ocês. Vou terminar, aqui, a leitura de "Sete vezes rua"... 

Nenhum comentário:

Postar um comentário