segunda-feira, 2 de abril de 2018

Tem como não amar?


O menino viajou no feriado. Ficamos sós, eu e Fridinha. Em troca de mensagens pelo whatsapp eu contei que na noite passada recebi convite de amizade de uma escritora que leio, admiro, em quem me inspiro. Eu já tinha contado a ele do impacto que provocou em mim o livro dela, que li meses atrás. Eu ficava atrás dele pela casa lendo trechos, emocionada com a história do protagonista, um moço que mais do que um sonho, tinha um desejo enorme de aprender a ler. Também contei que uma amiga minha usou um dos textos meus para discutir feminismo com mulheres do CRAS - Centro de Referência de Assistência Social, beneficiárias do bolsa família na zona da mata mineira. Contei também, da mensagem que recebi, dia desses, de uma senhora que eu admiro demais, que trabalha com reciclagem, dizendo que meus textos são muito importantes pra ela, pra eu não parar nunca de escrever.
Daí, que ele me manda o seguinte áudio:
- Nó, mãe! Que isso, hein, mãe? Cê tá movendo montanhas já com seus textos. Tô falando co'cê, mano. Cê tem que publicar um livro. Na alta, véi! Tá ligado? Eu canso de falar co'cê, mano. Mas é igual cê falô, é a mesma coisa do Djonga [rapper que ele adora] falar que curte meus beats. É desse jeito memo, tá ligado? Pô, parabéns, véi! Cê tem que investir nesses bagulho memo, tá ligado?

Me diz se tem como não amar?

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