segunda-feira, 2 de abril de 2018

Naquela mesa

Não temos o hábito da mesa. Eu porque cresci sem ela, almoçando sentada no degrau da sala para a cozinha, com a lata de marmelada reciclada feito prato na mão, e um pedacinho extra de carne [torremo como mamãe e papai diziam] escondido debaixo do arroz, porque era só um pra cada. O menino também cresceu sem esse hábito, mesmo hoje tendo mesa em casa. Agora à pouco, com o prato na mão, sentou no sofá para almoçar. Ele ouvia Cartola [Bate outra vez] e me contava da pesquisa que fez, ontem à noite, sobre Lampião, porque segundo ele, queria conhecer sobre o Brasil profundo do começo do século XX. 

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