terça-feira, 20 de junho de 2017

Felicidade clandestina

Uma felicidade clandestina foi tomando conta de mim à medida que me aproximava de casa. Vim com a cara colada no vidro do carro, apreciado a paisagem que já sei de cor. Os pés doíam como se eu estivesse fazendo o percusso à pé. Foi chegar aqui e tirar os sapatos para a dor cessar. Daí, lembrei de "Davenir", personagem do conto, "Os pés do dançarino", de Conceição Evaristo e dos conselhos de sua bisa: "nossos pés não podem ficar esquecidos no tempo. É preciso fazer o caminho de volta, para chegar ao princípio de tudo".

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