domingo, 4 de março de 2018

Pantera Negra

É representatividade que fala, né?

Não era pra eu ir assistir ao filme Pantera Negra com o menino. Ele iria com a namorada, mas um compromisso não permitiu que ela fosse na estréia. Como os ingressos já estavam comprados, lá fui eu. Com dor de cabeça e mal estar decorrentes da influência da lua nova na minha tpm. Fui insegura, com medo de passar mal no cinema. Nesses dias é sempre melhor ficar em casa, quietinha, com a cama ao alcance do corpo. O menino ansioso. Esperava por esse dia desde o ano passado. Eu, que morro de preguiça de filme americano, me animei quando soube que o elenco era majoritariamente negro e um super-herói africano me entusiasmou. Sem falar que o diretor e roteirista é Ryan Coogler, um jovem negro de 31 anos. E como disse o menino, me corrigindo. Não, mãe, ele não é só negro, ele é um negro diretor, roteirista e ativista. E ser ativista faz diferença. E o filme me surpreendeu. O menino me cutucou várias vezes, me apontando o braço arrepiado, como se fosse possível ver no escuro do cinema e com óculos 3D. Uma África tecnológica que não abre mão da tradição. E que beleza os corpos negros, as mulheres guerreiras, o figurino maravilhoso, até o sotaque africano nas falas em inglês. Cada dia me convenço mais que existe uma revolução em movimento e que passa pelo povo preto, no mundo inteiro. Ainda estou digerindo o filme, mas um certeza eu tive: quero me embrenhar pelo mundo dos HQ's, especialmente do Pantera Negra. Vão assistir ao filme, e por favor, levem as crianças!

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