quinta-feira, 28 de julho de 2016

"Amizade dada é amor"

Esta semana visitei amigos. Fomos recebidos com abraços, toalha na mesa, petiscos, cerveja gelada.
Lembrei de Saramago:
"Põe na mesa a toalha adamascada,
Traz as rosas mais frescas do jardim,
Deita o vinho ao copo, corta o pão
Com a faca de prata e de marfim.
Alguém se veio sentar a sua mesa,
Alguém a quem não vês, mas que presentes
Cruza as mãos no regaço, não perguntes:
Nas perguntas que fazes é que mentes."

Vida da gente leva cada um pr'um lado. Estes reencontros são mais do que necessários. Sentamos na mesa e a conversa foi retomada do ponto onde havia parado, há tempos atrás.
Resenhas intermináveis, reforço das afinidades. Milianos de amizade e uma essência ali, que não muda: o sonho com um mundo melhor, o orgulho com os filhos crescendo, muitos projetos ainda por realizar.
Marido da amiga foi preparar comida, prato especial, enquanto a resenha prosseguia. Ficamos por ali, na mesa da cozinha, cachorro por perto, esperando resto do prato.
Dia seguinte, passeio, caminhada, cachoeira. Na volta corpo cansado, alma leve. Ainda teve cinema nos colchões espalhados pelo chão da sala.
Amizade boa é assim, acontecida no simples, no comum, na conversa desarmada.
Nos despedimos com uma vontade enorme de continuarmos juntos, prolongar a prosa, inventar outros pratos, fazer mais passeios, ver mais filmes, fazer novas caminhadas e a certeza de que "amizade dada é amor".

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