segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Cidades visíveis, amores possíveis

Comecei o dia lendo Calvino, tentando entender minha relação com algumas cidades. É que, no final de semana, assisti a série "Quatro Estações em Havana". Quatro episódios inspirados em quatro novelas do cubano, Leonardo Padura, e ainda estou bastante impactada. Assistir à série, despertou em mim, emoções vividas há cerca de dois meses, quando estive em Havana. Cuba era amor antigo, alimentado durante anos, desde a adolescência e que enfim, tive a oportunidade de viver. Um lance rápido, mas intenso, com gostinho de quero mais.
Lisboa, por quem alimento um desejo enorme de reencontro, foi amor maduro, complexo, cujos defeitos não me impediram de enxergar suas inúmeras qualidades. Amor ainda vivo no peito.
Florianópolis foi um amor estranho, nunca fomos íntimas, nunca consegui chamá-la de Floripa. Há cerca de um ano, oficializamos nossa separação. Separação consensual, sem grandes crises, mas que deixou um rebento, minha tese, que como um filho, vai nos manter atadas pra sempre.
Viçosa foi amor tranquilo, calmo, sem cobranças. Um gostar de estar junto e só, satisfeitas com o que cada uma tinha para oferecer.
BH foi amor intenso. Me apresentou o teatro, o cinema, a universidade, o mundo; um amor enorme, mas que passou. Mudamos. Mudei eu, mudou a cidade. Hoje, somos quase estranhas.
Baldim foi primeiro amor. Lugar do meu afeto, do primeiro beijo, das primeiras descobertas. É, tipo aquele amor que se você der mole, ainda rola alguma coisa...

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