- Aquela que você me mostrou [Califronia love], sim! Maior estilo baile black.
- E a nova do Rincon, você já ouviu?
- "Ponta de Lança"? Já! Da hora, né?
Eu gosto muito do Rincon. Já assisti uma entrevista dele
no "Provocações", do Abujamra
e no Freestyle, do Marcílio.
-Não conhecia.
- Aposto que você viu no perfil do Emicida.
- Não, foi o Joel que compartilhou e eu ouvi e gostei. Muito pesada! Cheia de referências.
- Sim!
- Então, ontem eu fui assistir "Roots" [Raízes] mas não dei conta de ver não, mãe. Muito pesado! A cena do açoitamento de Kunta Kinte, porque se recusava a abandonar seu nome africano, me deu muita raiva. Tanta raiva que fui assistir "Django" só pra ver o momento que o escravizado começa a ganhar dinheiro para matar os brancos.
- Você foi assistir pra se vingar, né?
- Não, mãe. Não foi por vingança, foi uma espécie de redenção! [E o menino se cala surpreso com o próprio pensamento].
- Por isso pirei na música do Rincon: 'Se a vida é um filme, meu Deus é que nem Tarantino/Eu tô tipo Django'. Pesado demais, mãe!
- Sim! E ele faz um monte de crítica, reparou? Traz uma letra foda, numa batida de funk, com um monte de referência africana, num cenário da Cohab.
- "Batemos tambores/eles panela. Olha isso, mãe!
- Foda! Eu penso que a gente devia fazer uns vídeos tipo "reação/análise" de rap. O que acha? Nós dois juntos.
- Da hora.
- João, papai tá chamando pra almoçar na casa da vovó. [chama a irmã, que acabou de chegar].
- Vou lá, viu mãe?
- Beleza, depois continuamos essa conversa.
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